Flor de Lis - Djavan
Valei-me, Deus!
É o fim do nosso amor
Perdoa, por favor
Eu sei que o erro aconteceu
Mas não sei o que fez
Tudo mudar de vez
Onde foi que eu errei?
Eu só sei que amei,
Que amei, que amei, que amei
Será talvez
Que minha ilusão
Foi dar meu coração
Com toda força
Pra essa moça
Me fazer feliz
E o destino não quis
Me ver como raiz
De uma flor de lis
E foi assim que eu vi
Nosso amor na poeira,
Poeira
Morto na beleza fria de Maria
E o meu jardim da vida
Ressecou, morreu
Do pé que brotou Maria
Nem margarida nasceu.
E o meu jardim da vida
Ressecou, morreu
Do pé que brotou Maria
Nem margarida nasceu.
Análise: Djavan havia sido casado com uma Maria, e que eles teriam uma filha, a qual dariam o nome de Margarida. Teriam acontecido complicações na hora do parto e Djavan teria que escolher entre a mulher e a filha. Porém, por uma infelicidade do destino, as duas acabaram morrendo.
O fato é que o eu lírico da canção acabou o seu relacionamento com a sua flor de lis. E este mesmo eu lírico implora perdão por um erro que sabe que cometeu, mas que não sabe qual foi.
por não saber qual foi o erro que cometeu para que se findasse o seu relacionamento, recorre à imaginação para formular justificativas para o fim daquele amor. Acaba questionando se fez certo em entregar-se àquele relacionamento, mesmo sem poder prever o futuro, mesmo sem saber se ele daria certo ou não, e até mesmo sem saber se seria ele a melhor pessoa para aquela mulher.
Então, ele chega a conclusão de que sim, foi o destino que não o quis com a flor de lis. E, foi por causa do destino, que acabou vendo o seu amor reduzido a pó. Seu relacionamento, seu amor, acabou morrendo.